Segundo o portal Estado de Minas, um esquema estruturado de fraudes contra usuários do aplicativo Caixa Tem expôs falhas graves na proteção de dados pessoais e na segurança dos benefícios sociais administrados pelo governo federal. As ações criminosas, que envolvem roubo de informações, cooptação de funcionários internos e uso de softwares avançados para simular múltiplos acessos, têm gerado prejuízos diretos para milhares de brasileiros dependentes de auxílios sociais.
As quadrilhas iniciam o golpe com a obtenção ilícita de CPFs de beneficiários. De posse desses dados, acessam contas ativas no Caixa Tem e, com apoio de colaboradores internos, alteram cadastros — em especial, os endereços de e-mail — permitindo a redefinição de senhas e a apropriação das contas. A partir desse ponto, realizam transferências via Pix, pagamentos de boletos e saques, esvaziando rapidamente os valores disponíveis.
Para gerenciar o grande volume de contas fraudadas, os criminosos utilizam softwares capazes de simular diversos dispositivos móveis, dificultando a detecção por parte das autoridades e ampliando o alcance das fraudes.
Em resposta, a Polícia Federal intensificou operações em diversas cidades, com foco inicial no Rio de Janeiro, onde foram apreendidos equipamentos utilizados nos golpes. A atuação coordenada entre forças de segurança e instituições financeiras tem sido fundamental para as primeiras respostas. A Caixa Econômica Federal anunciou a implantação de novos mecanismos de segurança, como a adoção de biometria e inteligência artificial, para identificação preditiva de comportamentos suspeitos.