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Amazônia em Chamas no Ano da COP30

Publicada em 06/04/25 às 12:10h - 12 visualizações

por Bombeiros DF


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 (Foto: Bombeiros DF)










O início de 2025 trouxe um dado alarmante: a degradação ambiental na Amazônia Legal cresceu de forma explosiva. Apenas nos três primeiros meses do ano, foram identificados 33,8 mil km² de floresta degradada — um salto de quase 500% em comparação ao mesmo período de 2024, quando o número foi de 5,8 mil km². Essa é a maior área já registrada pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) desde que o sistema de monitoramento por alertas foi implementado.
Esse território degradado é comparável ao tamanho de Porto Velho (RO), mas, ao contrário da capital rondoniense, essa imensa área aberta na floresta não abriga infraestrutura ou população — apenas atividades ilegais como queimadas e extração de madeira, que antecipam o desmatamento total. A destruição avança silenciosamente, corroendo não só o bioma, mas também a credibilidade de políticas ambientais que tentam projetar o Brasil como líder na agenda climática.
Fevereiro foi especialmente crítico, registrando 211 km² de floresta degradada — 14 vezes mais que no mesmo mês do ano anterior. O estado do Pará respondeu por 75% dessa devastação, seguido pelo Maranhão, com 14%. Dos dez municípios mais afetados, sete estão no estado que sediará a COP30, conferência global do clima que acontecerá em Belém.
Carlos Souza Júnior, coordenador do programa de monitoramento do Imazon, expressou sua preocupação com clareza: “Fechar o ano da COP30 com alta nos indicadores de destruição não é um bom sinal para o Brasil”. Em vez de uma advertência, a frase parece sintetizar o descompasso entre a imagem verde que o país tenta projetar e a realidade enfrentada na floresta.
Com a aproximação da conferência, o contraste se torna ainda mais evidente. O país se prepara para receber líderes globais, pesquisadores e ativistas, enquanto a Amazônia arde e as ações efetivas de combate aos crimes ambientais ainda são tímidas ou insuficientes. Se o Brasil pretende demonstrar compromisso real com a conservação, será necessário ir além da retórica internacional — enfrentando as redes de exploração ilegal, fortalecendo a fiscalização e, sobretudo, rompendo com os interesses políticos que sustentam a destruição.
Enquanto isso não acontece, a floresta segue perdendo espaço — e o discurso oficial segue tentando encobrir a fumaça com promessas.
Bombeiros DF



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