Para conter a queda de popularidade, Lula tem investido em campanhas publicitárias e mudanças estratégicas na comunicação do governo. Em janeiro, ele substituiu a chefia da Secretaria de Comunicação Social, insatisfeito com a falta de impacto das ações de divulgação dos programas federais.
Outra estratégia adotada foi a isenção do imposto de importação sobre alimentos como carne, café, açúcar, milho e azeite, em uma tentativa de reduzir a inflação dos alimentos. No entanto, parlamentares ligados ao agronegócio consideram a medida ineficaz e defendem que o incentivo à produção nacional seria uma solução mais duradoura.
O governo também enfrenta dificuldades com o programa Pé-de-Meia, voltado para estudantes do ensino médio. O projeto sofreu um revés após o Tribunal de Contas da União (TCU) bloquear R$ 6 bilhões, alegando irregularidades no financiamento. O episódio resultou em críticas da oposição, que acusou o governo de crime de responsabilidade, traçando paralelos com o impeachment de Dilma Rousseff em 2016.
Apesar dos esforços do governo, a inflação continua pressionando o orçamento das famílias brasileiras. O desemprego caiu para 6,5% em fevereiro, mas a melhora no mercado de trabalho não tem sido suficiente para reverter a insatisfação popular.
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