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Desaprovação recorde do Governo Lula: Reversão até 2026 parece improvável

Publicada em 10/03/25 às 10:02h - 15 visualizações

por Por Carlos Arouck


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 (Foto: Foto: Ricardo Stuckert / PR)

Uma pesquisa recente da AtlasIntel, realizada entre 24 e 27 de fevereiro deste ano, revelou um cenário alarmante para o governo de Luiz Inácio Lula da Silva. A desaprovação do presidente atingiu 53%, a maior marca de seu terceiro mandato, evidenciando um desgaste contínuo da gestão petista. O levantamento perguntou diretamente à população se acredita na recuperação da imagem do governo até as eleições presidenciais de 2026, mas os números e o atual contexto político sugerem um caminho extremamente difícil para uma reviravolta significativa.

O estudo, que ouviu 5.710 eleitores e tem margem de erro de apenas um ponto percentual, confirma uma tendência de deterioração constante da aprovação de Lula. Desde outubro de 2024, a desaprovação cresce mês a mês, ultrapassando a aprovação pela primeira vez em novembro e consolidando, agora, uma rejeição majoritária. Atualmente, 45,7% dos entrevistados ainda aprovam a gestão – um índice estagnado nos últimos meses –, enquanto a insatisfação avança, especialmente entre homens, evangélicos, jovens de 16 a 44 anos e moradores das regiões Sul, Centro-Oeste e Sudeste. No Nordeste, tradicional bastião eleitoral do petista, a aprovação resiste em 57,9%, mas já há sinais de erosão.

Os números apontam que 50,8% dos entrevistados consideram a administração federal “ruim” ou “péssima”, um aumento expressivo de 4,3 pontos percentuais em relação a janeiro. As maiores críticas recaem sobre áreas sensíveis e concretas do cotidiano:

* Segurança pública, com o avanço da criminalidade e a crise no Rio de Janeiro;

* Carga tributária, com o impacto da Reforma Tributária ainda incerto;

* Responsabilidade fiscal, especialmente após a revisão da meta de déficit zero.

A inflação persistente e o aumento do custo dos alimentos básicos amplificam o descontentamento, reforçando a sensação de que o governo está distante das prioridades da população. O temor com a economia cresceu de 23% em novembro de 2024 para 35% em fevereiro de 2025, segundo o mesmo levantamento. Além disso, as críticas à condução política e ideológica da gestão têm ganhado força, com acusações de que o governo prioriza pautas simbólicas em detrimento de resultados concretos.

Lula parece preso a uma armadilha política de sua própria construção. Medidas como a tentativa de taxar compras internacionais de até 50 dólares e a polêmica proposta de flexibilizar tornozeleiras eletrônicas para presos no semiaberto – rejeitada por 87% da população – expõem uma crescente desconexão entre o governo e as demandas populares. Enquanto isso, os acertos, como o crescimento na geração de empregos e programas sociais, são ofuscados por falhas de comunicação e uma percepção de ineficiência.

O próprio ministro da Fazenda, Fernando Haddad, admitiu recentemente que o governo tem dificuldades em se comunicar com a sociedade, mas o problema vai além da retórica: há um descompasso entre promessas e entregas reais. Mesmo indicadores positivos, como a leve redução no desemprego e a estabilização do PIB, não têm sido suficientes para reverter a insatisfação crescente.

O levantamento da AtlasIntel também indica que a reeleição de Lula em 2026 está longe de ser uma certeza. Mesmo com Jair Bolsonaro inelegível até 2030, o petista enfrenta dificuldades contra possíveis adversários. Em um cenário hipotético de primeiro turno, Lula aparece com 41,6% das intenções de voto contra 32,3% de Tarcísio de Freitas. Embora a vantagem ainda exista, ela é frágil diante de uma rejeição tão expressiva.

O governador de São Paulo, visto como um dos principais herdeiros do bolsonarismo, tem consolidado sua imagem entre o eleitorado conservador e pode atrair apoios estratégicos caso a oposição se una em torno de um nome viável.

A terceira passagem de Lula pelo Palácio do Planalto, que começou com o discurso de “reconstrução nacional”, corre o risco de se tornar um símbolo de estagnação e frustração. Sem uma guinada estratégica, o governo pode chegar às eleições de 2026 sob o peso de um mandato que não encontrou rumo. A pesquisa deixa claro: a reversão do quadro exigiria muito mais do que o governo tem demonstrado ser capaz de entregar.

Por Carlos Arouck

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