A disputa está em dizer quem é o "pai da criança", provocando ciumeiras entre a Fundação FHC e Dilma Rousseff, após esta afirmar que ela foi quem criou a comissão que investigou a história de Rubens Paiva. Porém, a FHC diz que a ação ocorreu durante o governo de Fernando Henrique Cardoso.
“É motivo de orgulho saber que a história de Rubens Paiva e de sua família — especialmente a busca incansável de Eunice Paiva pela verdade e pela justiça — pôde ser contada graças ao trabalho da Comissão Nacional da Verdade, que criei durante meu governo para investigar os crimes da ditadura.”
A Fundação FHC reconheceu o trabalho da Comissão, mas destacou que, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, de 1995 a 2002, já foram adotadas medidas significativas para tratar dos crimes cometidos pelo Estado durante o regime militar entre 1974 e 1985. A Fundação afirmou que, durante o governo de FHC, em 1996, foi emitida a certidão de óbito de Rubens Paiva, ao reconhecer o sequestro, a tortura e o assassinato que ele sofreu.
Tal episódio é só mais um exemplo de como opera o mundo comunista. Registra a história que Lênin, Trotsky e Stálin praticaram atos similares e nunca contaram a verdade. Essa cartilha foi fielmente copiada pela esquerda brasileira tendo como um de seus intérpretes FHC, nos seus tempos de professor de sociologia na USP, desde 1953, quando ainda era muito jovem. Nessa mesma época, FHC foi também secretário da revista "Problemas", do Partido Comunista.
É bom lembrar ainda, que a Lei da Anistia assinada pelo presidente João Figueiredo, em 28/08/1979, concedia a todos que cometeram crimes políticos, eleitorais e aos que tiveram os seu direitos políticos suspensos, a anistia ampla e irrestrita. Proporcionava também, a todos os brasileiros que direta ou indiretamente haviam participado de movimento subversivo e da luta armada, aos banidos e aos que se exilaram voluntariamente, fugindo do País, o direito de retorno ao Brasil, além da extinção dos processos a que estavam respondendo.
Excetuavam-se desses benefícios os que foram condenados pela prática de crimes de terrorismo, assalto, sequestro e atentados pessoais entre 2 de setembro de 1961 e 15 de agosto de 1979.
A anistia beneficiou além de 230 banidos exilados, 4.522 que se auto-exilaram, para escaparem de processos por subversão. A estes se juntaram 52 outras pessoas que estavam presas, das quais 17 libertadas imediatamente e 35 depois uma análise mais detalhada de seus processos.
Além disso, o artigo 11 da Lei diz textualmente:
"Essa Lei, além dos direitos nela expressos, não gera quaisquer outros, inclusive aqueles relativos a vencimentos, soldos, salários, proventos, restituições atrasadas, indenizações, promoções, ou ressarcimentos."
Como estamos vendo já de algum tempo para cá, ou melhor desde que FHC assumiu o poder, não foi o que a Lei previa o que aconteceu. A Lei tornou-se via de mão única em direção às esquerdas e aos esquerdistas vencidos na luta ideológica. Não se tornou conquista do povo brasileiro, como sonharam os seus formuladores, mas instrumento de revanchismo imoral.
Já em agosto de 1995, portanto após poucos meses de chegar ao poder, FHC enviou ao Congresso um projeto de lei que foi aprovado no dia 04/12/1995, estabelecendo condições para indenização financeiras aos familiares dos desaparecidos políticos. Na sequência diversos outros instrumentos legais foram estabelecidos, culminando com a aprovação da Lei 2.599 em 13 de novembro de 2002, últimos dias do governo FHC, que beneficiava qualquer cidadão brasileiro ou estrangeiro residente no Brasil entre 18 de setembro de 1946 e 5 de outubro de 1988. Esse tipo de gastança só fez aumentar durante os anos seguinte de governos do PT pagando quantias cada vez mais elevadas, cujos beneficiários começaram a ser denominados de cidadãos de primeira classe. Um dos beneficiários por muito tempo - enquanto prestava seus "serviços"- era conhecido como Hanák, cuja biografia resumida está descrita aqui.
Aos cidadãos de segunda classe, brasileiros que imolados por terem atravessado o caminho de terroristas que não tinham escrúpulos em matar pela "causa", nenhum benefício tem sido concedido. O que se sabe é que desde a chegada de FHC ao Planalto, muitos de seus algozes estão encastelados no poder sem lembrar o mal que fizeram aos mais de 100 familiares que tiveram os seus entes queridos mortos e a outras mais de 300 que ficaram feridas com gravidade. Considerando apenas o período 1964-1974, a primeira morte ocorreu depois da explosão de uma bomba no Rio de Janeiro, em 12/11/1964 e o último (120⁰) por assassinato ao tentar prender terroristas em São Paulo, em 10/04/1974.
Por fim, sobre Rubens Paiva, recomenda-se a leitura do artigo de Braulio Fores - Rubens Paiva o mártir que matou muita gente - disponível através deste link.