Nas eleições municipais de 2024, assistimos a uma significativa vitória de candidatos alinhados à direita, um fenômeno que pode ser amplamente atribuído à influência política de Jair Bolsonaro. Simultaneamente, observou-se um enfraquecimento notável do Partido dos Trabalhadores (PT), que historicamente teve forte presença em prefeituras de capitais. Este cenário reflete a persistente influência de Bolsonaro e as repercussões duradouras dos escândalos de corrupção que mancharam a reputação do PT.
Os escândalos de corrupção, como o Mensalão e o Petrolão, desempenharam um papel crucial nesse declínio. O Mensalão, descoberto em 2005, envolveu o uso de dinheiro público para comprar apoio parlamentar, enquanto o Petrolão, revelado pela Operação Lava Jato, expôs um vasto esquema de corrupção na Petrobras, implicando várias figuras do PT. Estes eventos não apenas prejudicaram a imagem do partido como também alimentaram uma desconfiança generalizada do eleitorado
Na eleição de 2024, essa desconfiança parece ter se consolidado, com o PT não conseguindo eleger prefeitos no primeiro turno e apresentando chances limitadas no segundo turno em apenas quatro capitais. Isso, em contraste com o apoio eficaz de Bolsonaro a candidatos de direita, como em Belo Horizonte, onde Bruno Engler se destaca com o endosso de Bolsonaro, reflete um realinhamento político significativo.
Em capitais como Manaus e Salvador, onde candidatos apoiados ou associados a Bolsonaro triunfaram, vê-se a extensão da influência de Bolsonaro, reforçada pelo contexto de rejeição ao PT devido aos escândalos. Estes resultados sugerem uma preferência dos eleitores por alternativas que percebem como distantes das controvérsias que envolvem o PT.
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