Sim, eu tenho que pregar, e pregar é uma atividade que consome bastante tempo e esforço.
Sim, eu cuido da doutrina, com certeza, porque cuidar da doutrina contribui para a minha própria salvação assim como a dos que me ouvem, como ensina a Palavra.
Mas não me vejo como um pregador. Aliás, várias pessoas, na minha própria paróquia, pregam melhor do que eu, graças a Deus.
Também não tenho nada contra pastores, ministros, sacerdotes que se veem também como pregadores. Eu só não me vejo assim.
A pregação envolve sempre a competência do pregador. Sim, existe a unção de Deus, a autoridade ministerial e tudo mais. Mas a pregação sempre depende da nossa própria capacidade, tanto em conhecer como em explicar.
É por isso que o culto cristão jamais poderá girar em torno do sermão. Um culto em torno do sermão é um culto em torno da capacidade humana. Não é estranho que tantos pastores evangélicos acabem se tornando showmen.
É o sermão que deve girar em torno do culto a Deus, que é, fundamentalmente, a oração — oração que se posta diante de Deus, se confessa, invoca, ouve, se doa, suplica e, por fim, alimentada no Altar, é enviada ao mundo. O culto é a amor
Gyordano Montenegro Brasilino