O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva se notabiliza por muitas coisas, mas uma delas chama especial atenção: o inchaço da máquina pública. Com 39 ministérios, a atual gestão federal é uma das maiores da história do Brasil, superando inclusive governos anteriores do próprio PT. O argumento para tal configuração é a necessidade de ampliar a representatividade e atender diferentes setores da sociedade. No entanto, a realidade tem mostrado que, apesar do tamanho, o Estado brasileiro tem falhado em sua função mais básica: proteger e servir sua população em momentos de crise.
O recente episódio das enchentes no Rio Grande do Sul expôs de forma trágica essa ineficácia. Enquanto o estado sofria com a maior tragédia natural de sua história, com dezenas de mortos e milhares de desabrigados, o socorro federal demorava a chegar. Onde estava o poder público? Onde estava a estrutura estatal gigantesca, com seus ministérios e cargos de confiança, em um momento tão crítico? A resposta é tão simples quanto dolorosa: o Estado inchado parece só ser útil para quem está no poder.