O Ministério do Planejamento projeta que o rombo (déficit) da Previdência Social, definido pela diferença entre despesas e receitas, aumentará de R$ 272,6 bilhões em 2024 para R$ 293,5 bilhões em 2025. Em relação ao PIB, o governo prevê que o déficit do INSS permanecerá estável em 2,37%.
Fabio Giambiagi, economista e pesquisador associado do FGV IBRE, alerta que a política atual de aumento do salário mínimo acima da inflação, implementada pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), está exacerbando o déficit previdenciário. Isso ocorre porque, conforme as regras vigentes, os benefícios previdenciários não podem ser inferiores ao salário mínimo.
Giambiagi critica essa política, afirmando que ela é insustentável a longo prazo. “A cada ano, o impacto do aumento do salário mínimo é relativamente pequeno em um orçamento de R$ 2 trilhões. No entanto, o efeito acumulado é significativo, adicionando de R$ 10 bilhões a R$ 15 bilhões por ano aos gastos públicos”, disse ele ao g1.
O economista sugere que uma medida drástica, como desvincular os benefícios previdenciários do salário mínimo, pode ser dificultada por uma possível decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele defende a política anterior do ex-presidente Jair Bolsonaro, que previa reajustes do salário mínimo apenas pela inflação, sem aumento real, mantendo a vinculação com as aposentadorias