A utilização de jatinhos da Força Aérea Brasileira (FAB) por políticos tem se tornado um dos maiores símbolos de poder e privilégio em Brasília. Antigamente, benefícios como carros oficiais com motorista ou imóveis funcionais de luxo eram as regalias mais cobiçadas, mas hoje, é o acesso aos voos exclusivos que define o status de suas excelências. Somente até o dia 15 de agosto, já foram realizados 1.068 voos pela FAB, e a expectativa é que até o fim do ano esse número alcance cerca de 2 mil.
Por trás dessa operação está o Grupo de Transporte Especial (GTE) da FAB, que gerencia o que é, na prática, uma grande “companhia aérea” exclusiva para a elite do poder. No entanto, a realidade é que quem paga a conta desses voos não tem direito a usufruir deles: são os cidadãos brasileiros que arcam com as despesas milionárias de manutenção das aeronaves, combustível, diárias e alimentação das tripulações e equipes de terra.
Embora a lei permita o uso desses jatinhos apenas por chefes de poder, ministros de Estado e comandantes militares, a prática atual revela um cenário de abuso. Além das autoridades, ministros do STF e seus familiares, bem como outros convidados, também têm viajado em grande estilo às custas do erário.
Esse uso indiscriminado dos jatinhos da FAB reflete um distanciamento crescente entre os políticos e a população, que raramente tem acesso a tais benefícios e muitas vezes enfrenta dificuldades em voos comerciais. Enquanto isso, a sociedade brasileira continua a pagar a conta dessas mordomias.
Com imformação do Diario do Poder.