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A HISTÓRIA DA MÚSICA MARINGÁ DA CIDADE DE POMBAL PB

A HISTÓRIA DA MÚSICA MARINGÁ DA CIDADE DE POMBAL PB

Publicada em 02/07/24 às 00:49h - 35 visualizações

por Humberto Franceschi/IMS


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 (Foto: Foto: Coleção Humberto Franceschi/IMS)

 Consta que uma família de retirantes, fugindo da seca do sertão do nordeste, resolve migrar rumo ao sul do país. Reunidos os poucos pertences, sobem em um caminhão pau de arara, enquanto o jovem casal de namorados se despede. Para Maria, filha do casal, outra alternativa não restava senão tentar a sorte da grande cidade de São Paulo. Para o caboclo que fica só resta a dor da saudade, pois de parcos recursos e sem dinheiro não tinha como embarcar no caminhão. Com os olhos rasos d'água, embaçados pela poeira da estrada, corre atrás do velho caminhão, tentando guardar a imagem do último adeus. Nada se sabe sobre o caboclo que ficou, era mais um pobre coitado como tantos, largado a própria sorte. Em vão alguns amigos condoídos reúnem alguns trocados para ajudá-lo a também embarcar, mas não o suficiente para custear a viagem. Separados pela miséria e pelo destino. Esta é a comovente história de Maria, moradora do Ingá, nas beiras do rio Piranhas, do sertão da Paraíba. Menina prendada, que deste os 12 anos já preparava pratos típicos do nordeste e a quem o jovem caboclo entregou seu coração. É Ruy Carneiro, amigo comum dos jovens e filho ilustre da cidade de Pombal, quem narrou o ocorrido ao compositor Joubert de Carvalho, durante uma conversa de bar em época que os dois viviam no Rio de Janeiro, então capital federal. O compositor chegou mesmo a duvidar da história, mas Ruy confirmou que fora testemunha ocular do fato, por estar no interior do bar, quando da partida dos retirantes. A história se deu durante a seca de 1877, a mesma que obrigou o futuro senador Ruy Carneiro a abandonar a região. Emocionado com a tragédia que acabara de ouvir e comovido com o desespero do caboclo que ficou, veio-lhe então a inspiração para a música. Nascia assim "Maringá", uma das mais sensíveis e criativas composições da lavra de Joubert de Carvalho, mineiro da cidade de Uberaba, onde nasceu em 05 de março de 1900. A música foi composta em 1932, na cidade do Rio de Janeiro onde ele estudou e se formou em medicina. A composição virou hino oficial da cidade de Pombal e deu também origem ao nome da cidade de mesmo nome no Paraná, donde veio a expressão "Maringá, cidade canção".

MARINGÁ De: Joubert de Carvalho Foi numa leva Que a cabocla Maringá Ficou sendo a retirante Que mais dava o que falá. E junto dela Veio alguém que suplicou Prá que nunca se esquecesse De um caboclo que ficou Antigamente Uma alegria sem igual Dominava aquela gente Da cidade de Pombal. Mas veio a seca Toda chuva foi-se embora Só restando então as água Dos meus 'zóio' quando chora. Estribilho Maringá, Maringá, Depois que tu partiste, Tudo aqui ficou tão triste, Que eu 'garrei a maginá': Maringá, Maringá, Para haver felicidade, É preciso que a saudade Vá bater noutro lugar. Maringá, Maringá, Volta aqui pro meu sertão Pra de novo o coração De um caboclo a sossegar.


Postado por : Tavinho Sá Leitão




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