Após livrar o empresário e delator Marcelo Odebrecht dos processos contra ele na Operação Lava Jato na semana passada, o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), continua a desferir golpes decisivos contra a operação. Toffoli assinou três decisões nesse sentido, atendendo a pedidos de dois brasileiros e um estrangeiro alvos da Lava Jato.
Toffoli declarou nulas as provas do acordo de leniência da Odebrecht contra Ulisses Sobral Calile, ex-executivo da área Internacional da Petrobras, condenado na Lava Jato por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Além disso, invalidou as provas contra Demetrio Papadimitriu Bagatelas, panamenho que responde a um processo em seu país com base no material da empreiteira. No caso de Bagatelas, Toffoli proibiu que delatores da Odebrecht prestassem depoimentos como testemunhas na ação.
Ainda na sexta-feira, o ministro anulou todos os atos praticados por procuradores da Lava Jato e pelo ex-juiz Sergio Moro contra Tulio Bandeira, investigado no âmbito da Operação Rádio Patrulha. Bandeira foi beneficiado por uma decisão anterior de Toffoli que livrou o deputado federal Beto Richa da Lava Jato e, a partir dela, dezenas de outros alvos da operação.
Essas decisões representam mais uma derrota estrondosa para a Lava Jato no STF, conforme Toffoli segue invalidando ações e provas relacionadas à operação.
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