José Mayer - Ontem ao Luar \" catulo da paixão cearense\"
José Mayer - Ontem ao Luar \" catulo da paixão cearense\"
Publicada em 23/05/24 às 15:14h - 86 visualizações
por Jefferson Ribeiro de Azevedo
Compartilhe
Link da Notícia:
(Foto: Radio Midia Livre )
Cena do espetáculo "Um Boêmio no Céu", com a belíssima interpretação de José Mayer (voz) e dos músicos instrumentistas Marcos Tannuri (Cavaquinho), Deivisson Vasconcellos (Clarinete) e Adriano Palma (Violão de Sete Cordas) para a canção Ontem ao Luar, de Pedro de Alcântara e Catullo da Paixão Cearense. O espetáculo contava ainda com os atores Antônio Pedro e Aramis Trindade, dividindo o palco com José Mayer que interpretava o protagonista da estória. Ontem ao luar Pedro Alcântara / Catullo da Paixão Cearense Ontem, ao luar, nós dois em plena solidão Tu me perguntaste o que era a dor de uma paixão Nada Respondi! Calmo assim fiquei! Mas, fitando o azul, do azul do céu A lua Azul eu te mostrei Mostrando-a a ti, dos olhos meus correr senti Uma nívea lágrima e, assim, te respondi: Fiquei a sorrir, por ter o prazer De ver a lágrima nos olhos a correr A dor da paixão não tem explicação Como definir o que só sei sentir É mister sofrer, para se saber O que no peito o coração não quer dizer Pergunta ao luar, travesso e tão taful De noite a chorar na onda toda azul Pergunta ao luar, do mar à canção Qual o mistério que há na dor de uma paixão Se tu desejas saber o que é o amor Sentir o seu calor O amaríssimo travor do seu dulçor Sobe o monte à beira mar, ao luar Ouve a onda sobre a areia a lacrimar Ouve o silêncio a falar na solidão De um calado coração, a penar A derramar, os prantos seus! Ouve o choro perenal, a dor silente, universal E a dor maior que é a dor de DEUS Se tu queres mais saber a fonte dos meus ais, Põe o ouvido aqui na rósea flor do coração Ouve a inquietação da merencória pulsação. Busca saber qual a razão Por que ele vive, assim, tão triste, a suspirar. A palpitar em desesperação A teimar de amar um insensível coração Que a ninguém dirá no peito ingrato em que ele está Mas que ao sepulcro, fatalmente, o levará.
Jefferson Ribeiro de Azevedo
ATENÇÃO:Os comentários postados abaixo representam a opinião do leitor e não necessariamente do nosso site. Toda responsabilidade das mensagens é do autor da postagem.